17.11.09

Convenção de Pombos

Toda a santa manhã, pelas 7h - hora ingrata para se sair de casa ainda mais ingrata se tivermos em conta a que horas tivemos de acordar para estar na rua aquela hora - há uma alma qualquer que acredita que deve alimentar as aves urbanas, mais propriamente os pombos ou, como eu gosto de os chamar, as ratazanas voadoras. Portanto, quando eu saiu pelas 7h e vou calmamente - porque mesmo que esteja com pressa, o sono não me permite grande rapidez...a última vez que tentei apressar-me digamos que ia de All Stars e estava a chover...simulem o resto - a descer a rua e deparo-me com um agregado que ocupa a estrada de um passeio ao outro destas maravilhosa criaturas divinas. Todos ao molho e a fazer aquele barulho medonho ora proveniente das suas minúsculas cordas vocais ora daquelas asas (ou ninho de bactérias), a ocuparem todo o espaço como se a rua fosse deles (o que acredito que seja mesmo aquela hora porque no outro dia um homem ficou imenso tempo a ver como é que ia passar pelo meio daquilo).  Portanto...todas as santas manhãs em que o dia já começa não muito bem porque estou acordada aquelas horas, perco uns bons minutos a tentar arranjar um modo de passar sem que aconteça isto:



É que nesta convenção em particular, o número de membros é MUITO maior pelo que basta que haja o mais pequeno e leve som de ameaça para que uma pessoa se sinta no filme do Hitchcock, The Birds. É assustador e chamem-me mariquinhas, mas não estou para me agachar todas as manhãs cada vez que vem um destes maléficos seres em aterragem digna de qualquer F-14 Tomcat (oh lá como se chamam os aviões americanos com muito estilo...aqueles que aparecem do Top Gun) direito à minha testa!
Então, hoje pensei para mim (não sei até que ponto não foi demasiado alto): "NÃO! Eu não tolero mais isto e portanto vou dar a volta, não, melhor! vou até ao Rato a pé e apanho lá o metro".

E é assim meus amigos que eu me pergunto como é que alguém anda preocupado com os efeitos que o homem tem na natureza? Eu sou a prova viva de que Ela ainda nos domina...ou pelo menos me domina a mim e, enquanto ainda houver algum ser dominado pela sua enorme força (ou o meu medo de ficar com um pombo espetado na testa), nada está perdido! Tenham fé Eco-People!

14.11.09

Quote

"Tudo evolui; não há realidades eternas: tal como não há verdades absolutas."

- Nietzsche

Se eu pudesse comer algo mais que líquidos ou semi-líquidos...





13.11.09

AWWWWWW



Ando com uma obsessão por pandas.

Smashing Pumpkins - Let Me Give The World To You



Desculpem a qualidade do som (neste aspecto o Tumblr era do best)

Somos aquilo que compramos ou compramos aquilo que "gostariamos de ser"


No outro dia reparei que quando partimos um coração ao meio...bem...é como se fossemos uma das partes e a outra aquela que procuramos eternamente até à último   sopro. 


Com base no que tenho vivido ultimamente (talvez desde sempre), o que se compra ou se adquire na vida - sejam objectos, pessoas, cargos profissionais, you name it - é uma tentativa de re-encontro com o nosso Eros, ou seja, cara metade. Há uma busca constante por uma outra parte que nos preenche e portanto, é desse ponto de vista que a vida se torna uma busca constante pelo que não temos e pela plenitude.

Este post surgiu porque ouvi alguém a elogiar uma pulseira e quando a dona agradeceu, foi quase como se a pulseira fosse um membro do seu corpo, uma parte de si que estava a ser elogiada. Gostamos de nos tentar encontrar nas coisas ou nas pessoas. :)
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